sábado, 31 de julho de 2010

O Veneno

Sabe o que dói mais do que sentimento da perda? Dói sentir que você é a peça do jogo que viu tantas jogarem e perderam. Assim é como me sinto. Hoje mais do que nunca percebi como fui tola caindo em uma história já presenciada de longe. Uma história sem final feliz para todos os envolvidos. Nunca mais vou ceder a algo que vi tantas pessoas passarem. Sentimentos como raiva e tristeza me tomam as veias. Elas percorrem o meu corpo, até nos mínimos detalhes. Fui vítima de algo bom, porém algo traiçoeiro. Eu não percebi que o que evitei durante anos estava tomando espaço nas minhas questões. Minha dúvida não é o que aconteceu. Isto está claro, minha dúvida é porque comigo! Aconteceu o que presenciei por três vezes, com três garotas diferentes.

Agora é a hora de mudar. Afinal eu também tirei proveito disso tudo. Mas só de pensar que a minha culpa é só minha, e não posso dividi-la com mais ninguém. Nesse jogo eu não sei o que foi pior a minha inocência ou a minha falta de companheirismo. O céu escuro se abriu, mas eu vejo ele ainda com olhos de quem está assustada e perplexa com os resultados. Como deixei tudo chegar no ponto que chegou. Eu mereço, sei que mereço tudo isso, e eu vou aceitar a culpa, a decepção. É o que eu sou, é o que eu fiz. Mas deste veneno eu nunca mais tomo. Porém, não acabou por aqui, o mundo gira, sempre girou e eu sei que sou diferente.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O que aconteceu?




Ela arrumava as malas e o pensamento ficava naquela situação que mudou tão repentinamente. Colocou todas as roupas dentro da mala e sentou em cima para conseguir fechar, no momento ela só pensava que até aquelas lembranças poderiam ser colocadas dentro da mala. Para cada passo que dava se certificava se o seu celular estaria funcionando, e a pior notícia era que estava. Isso a deixou mais revoltada com a possibilidade de fingir que nada aconteceu e ela não sabia fingir muito bem.


Ela se torturou para descobrir onde tinha errado, será que foi alguma coisa que ela disse e não percebeu? Não sabe responder a nenhuma das milhões que envolvem seu coração, mas ela não desistia, precisava descobrir e sabe que em algum momento ela irá. Perdeu a vergonha, o que seria perder a cabeça? Quando se trata dos assuntos do coração ela não mede esforços. Fala, fala, fala mesmo que o resultado seja o mesmo todos os dias.


Porém havia alguma coisa. Algo tinha acontecido e passou despercebido por ela, situações que ela no seus quinze minutos antes de pegar no sono ficava mirabolando e buscava nos pequenos detalhes alguns resultados. A resposta era: Nada. Isso começou a incomodar ela, não sabia como agir, pois não sabia o que tinha acontecido.

E foi nesse momento entre o arrumar a mala e verificar o celular que ela decidiu que tinha sido apenas mais uma. Tudo foi planejado e executado como viu as pessoas próximas a ela cairem na mesma história, e ela percebeu que não tinha mais o que fazer, a não ser ir embora.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Tempo ao Tempo

Diz tanto...




Você já percebeu que quando eu te vejo eu perco o chão.
Que o simples fato de te ouvir me faz perder toda razão.

Ilusões



 Isso aí sua trouxa, mais uma vez caiu no conto do vigário. Não que eu queira pensar no futuro, mais agora ver que realizei algo para alguém e depois virou ponto final não é uma das melhores sensações do mundo. Fácil enxergar o que está na minha frente. Dormir com o celular do lado esperando uma ligação nunca foi meu forte, eu sempre pego no sono e posso dormir tranquila, afinal não vai tocar mesmo. Existe essa mania de querer acreditar e seguir em frente, não tem explicação. Decepção seria a palavra certa, mas no meu caso não tem 'A' palavra certa, existe a idiota certa. Me envolver com errados é algo muito comum, perceber que nada adianta, não vai adiantar nada na minha humilde vida.

Escutar palavras e enxergar que são apanas palavras nunca foi meu forte, talvez esse seja o motivo das minhas ilusões. Eu sempre quero enxergar o além das palavras mesmo que este não exista. Eu sei que posso inventar. Erro típico de quem está desesperada por fortes emoções. Até consigo elas, no primeiro tempo tudo corre fácil para mim, depois eu vejo que no segundo tempo eu levo uma goleada daquelas de dar vergonha. Na verdade, vergonha é outra palavra que preciso praticar. Não estou apaixonada, não estou sentindo nada, mas sabe aquele fiozinho de esperança de que agora vai? Pois é, o meu fiozinho está com alguns metros e não consigo fazer ele acontecer. Por mais que eu tente.

Sou totalmente carne e osso, não sei ser metade nas minhas conquistas. Cai em tentação e agora o que me resta são medos mais uma vez. Incrível a capacidade que alguns homens tem de conseguirem o que querem, mesmo que isso demore anos. No final eles sabem que podem, ou melhor, descobrem que podem se quiserem. Nós também somos assim, mas quando conseguimos o queremos continuamos com a conquista, eles não, conseguem e depois pronto, ponto final. Injusto demais. O perigo que corro não é coisa pouca, então o crime deveria compensar.

Escuto tudo o que quero escutar, ouço promessas e palavras dignas de novela mexicana, eu transformei minha vida em uma novela mexicana! O engraçado é a minha reação, entrei em um buraco, não quis sair dele, o que torna a minha situação pior ainda. O crime não compensava, e lá estava eu, toda toda. Mania besta de me iludir fácil. Hoje eu acordei cedo, na verdade desde ontem eu ando acordando cedo, e percebi que a realidade é essa que descrevi no começo deste texto: Dei o que queriam, e em troca recebi a resposta que era apenas isso e ponto. Vida cruel essa que não deixa minhas emoções prosseguirem, elas começam em um dia e terminam no próximo.

domingo, 25 de julho de 2010

Viver não dói

"Viver não dói. O que dói é a vida que não se vive".
( baseado em um texto de Drummond)

Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais.


MARTHA MEDEIROS

terça-feira, 20 de julho de 2010

Tempo, céu e estrelas

Só de pensar que a alguns meses atrás eu tentava procurar sentido na nova vida sozinha. Tentava entender quando o sentimento e a dor iriam embora. O tempo é mais engraçado do que eu imaginei. Algumas coisas ficam, outras passam, mas sempre ficam as coisas que tem que ficar e as que nos fazem mal se vão quando menos percebemos. Toda vez me certifico do que realmente acontece dentro do meu corpo. A sensação de borboletas no estômago, a renúncia, o querer e não poder. Tudo isso se foi. E eu achei que duraria uma eternidade. Derramei lágrimas em tantas palavras, sofri e não esqueço um detalhe qualquer, as cicatrizes me tornaram diferente, mas nunca esqueci das ofensas, do sofrimento, do sentimento de perda, e das falsas promessas diante dos meus olhos. Nada disso ficou para trás, o que mudou foram os meus sentimentos por essas lembranças.

Alguns meses atrás, na verdade, alguns dias até eu imaginei como as coisas passam, e o tempo é o melhor remédio. Quem falou essa frase sabia do que estava sentindo, e hoje eu posso falar também. O céu é minha vida, de repente eu olho para as estrelas e cada uma tem uma história, uma dor, uma alegria. O meu céu é repleto de estrelas, é multi-colorido. Se eu pudesse dar um nome ao céu da minha vida seria "Tempo". O tempo tirou todas as feridas que sangravam, mas fez questão de deixar todas as lembranças lá para que eu lembrasse do que passei e do que não quero nunca mais viver. 

São pequenos detalhes, coisas insignificantes para quem olhava um casal andar de mãos dadas e hoje olham eles separados pela distância, pelo esquecimento, até mesmo porque outras pessoas apareceram nas suas vidas e isso tornou a distância maior ainda. É engraçado como esse tempo me fez ver que tudo passa. Se você não dá a oportunidade para vida te levar adiante, ela dará um jeito. Isso pode demorar dias, anos. Quem sabe o tempo de duração é apenas esse bendito relógio, no meu caso ainda estou no meio processo, não completamente livre, não desapegada, mais algo me diz que isso é coisa para pouco tempo. Novos tempos virão.

domingo, 18 de julho de 2010

Escravo do amor

 
 
Todos já fomos escravos de algum relacionamento na vida, e se não aconteceu com você se prepare. Mas ser escravo é coisa pouca, porque com o tempo aprendemos a gostar do outro, a amar ele. Não menos importante, dizem que a dor de um amor se cura com outro. Prático e dolorido. Dói ficar com alguém e pensar em outro. Pensar nos beijos, abraços e juras que só aquela pessoa te proporcionava. Se fosse fácil os apaixonados não seriam quem são. No entanto, ser escravo deste relacionamento é algo passageiro, afinal o atual pode despertar uma nova paixão fazendo você esquecer do passado e admirar o futuro, transformando-se de escravo a apaixonado. Mas se nada der certo o jeito é seguir em frente sozinha. Afinal ficar sozinha nunca foi um problema. O problema são os pensamentos, as lembranças que nos torturam, ou como eu gosto de pensar: Como nós nos torturamos

Já fui escrava de um amor, durou alguns meses até eu ver que o meu amor não ia ser curado com um novo, mas sim sozinha. Me senti presa, totalmente sem saída, não queria beijar, não queria tocar alguém que não tocasse no meu coração. Era injusto forçar um sentimento onde a repulsa era maior. Abandonei, e senti na pele o ditado "quando se perde, dá valor". Eu comecei a perceber a importância daquele novo amor para mim, como ele estava me ajudando e entrou na minha vida. Nesse momento recebi minha carta de alforria. Parei de ser escrava de um relacionamento que vivia em busca de outra pessoa e comecei a viver o amor.

Amor deveria ser sinônimo de palavras como aprendizado e em alguns casos  de sofrimento. Infelizmente a gente aprende sofrendo. Não acho ruim o método que a vida nos impõe. A paixão é linda, mas ser escravo dela não é legal. Somos porque faz parte do processo do ser humano, mas ninguém precisa ser escravo a vida inteira. Ser escravo é diferente de ser dedicado. Os amores antigos nos prendem porque perder não é algo que estamos acostumados, mas segurar-se em uma nova paixão talvez seja a solução para os problemas do coração. 

Seja livre, mas saiba usar sua liberdade. Se hoje você sofre por alguém do passado e encontra uma nova pessoa, porque não tentar? Ninguém poderá dizer que você não fez o que foi possível para seguir em frente, e sinto lhe informar a maioria dos casos funcionam assim: Você esquece quando começa um novo capítulo, mas é preciso estar disposto para acontecer, do contrário o melhor é não tentar, pois você brinca com o coração do outro, e brincar com sentimentos não é algo justo.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Tentações



Ela sempre negou. Sempre quis se ver longe da confusão que viu diversas vezes suas amigas entrarem. Ela sabe que o que faz é o correto. Mas cansou de sempre fazer o que é certo. Nesse instante ela sentiu uma vontade aflorar dentro do seu coração. Queria saber qual o segredo daquele por quem todas suspiram. Mas continuava negando, da boca para fora. Por dentro ela queria emoção, e sem precisar de previsões sabe que uma hora vai ceder. Não sabe quando, ela foge para não acontecer.

Quando ela pensa, não vê problemas ao seu redor, sabe que ambos desejam isso. Ele a mais tempo que ela. Seu desejo começou agora, é recente. Por isso ela sabe que é traiçoeiro. Pode jogar tudo a perder, ou pode simplesmente não perder nada. Nunca quis magoar ninguém, nunca teve a intenção de ser quem ela julga. Mas nesse momento ela sentia uma grande vontade. Precisa frear o desejo, desejos são perigosos. Um dia de tanto desejar pode acontecer, e isso é quase um crime contra sua forma de pensar. A dor de cabeça seria grande demais para seu tamanho.

O que fazer quando queremos e não podemos? Uma pergunta sem resposta, ela vai fugindo enquanto sabe que aguenta, mas tem muito medo do dia em que não conseguir mais segurar suas vontades. O dia está perto, ambos sentem isso. Cuidado, cuidado, cuidado.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Aconteceu

Aconteceu. Sem nenhuma vergonha, sem nenhum pudor. O amor mais uma vez tomou forma e dançou entre duas pessoas. Lágrimas, beijos, declarações. A madrugada tem histórias que até ela desconfia. Nada mudou, tudo ainda estava lá, dormindo e esperando quem sabe uma dose de tequila para acordá-la. A oportunidade do 'recomeçar' chegou tão perto. Mas ninguém quer mais tentar. Tentar é dolorido, e é mais fácil ficar juntos, porém separados. Ser refém do sentimento e não poder sair e dizer que SIM para todas as declarações é o correto. No fundo a vontade dos dois é a mesma, mas a razão mesmo com álcool na cabeça sabe que não tem mais condições.

Os encontros serão sempre assim. Nada irá mudar, tudo que sofreu ainda está guardado, o amor consegue ser maior que a mágoa, mas ela ainda tem muito o que aprender. E aí um dia quem sabe, quando tudo isso ainda estiver no sono profundo, ela resolva acordar e dizer o SIM. Não é fácil, sabe o que poderia acontecer, é previsível os próximos capítulos se ela ceder a vontade. Por isso não faz. Ter a consciência de que as coisas são como são torna tudo mais fácil. Menos complicado. Aproveitando esses pequenos momentos já basta para ela. Não sabe o que se passa na cabeça do outro, mas reconhece que seu coração ainda bate quando a vê. Isso acalma, isso já é um diferencial.


Ser assim não é fácil, quando ela prometeu fazer o que tivesse vontade. Não quer mais sofrer com os pensamentos do que não aconteceu. Ela quer acontecer, e conseguiu mais uma vez. Os momentos são únicos, as presenças também. Ninguém pode julgar o modo como ela ama hoje, ela aprendeu a se amar primeiro, e poder fazer acontecer detalhes como este da madrugada são coisas que ela permitiu sem nenhum pudor. Não é pecado querer lembrar de um passado.O tempo passa e a gente vê as coisas de um jeito diferente, mas é possível que a magia ainda esteja lá.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Critícas

Não sei escrever sobre política, religião, conflitos, ou seja qual for o assunto que a mídia costuma divulgar. Tenho minhas opiniões, e gosto de expressá-las, mas que seja na roda de amigos ou em uma conversa na sala com a minha família. Aqui eu não quero, não pretendo e não sei escrever sobre tragédias e crueldades. Isso não me faz diferente de ninguém, muito menos mal informada ou insensível. Existem tantos sites com esses assuntos polêmicos e eu os acompanho, mas não vou transformar o meu em mais um. É torturante falar sobre alguém que resolve matar a filha, amante, seja quem for. Não preciso de tristezas como essa. Aqui é o meu cantinho, falem o que quiserem mais é meu. Sou completamente sentimental e se eu sei falar sobre algo com certeza são sobre os meus sentimentos e pensamentos. Sou dona do meu espírito. E ele sente a necessidade de dizer como me sinto, é quase um pedido de ajuda para poder dizer o quanto ele viveu. 


Me importo e tenho opiniões fortes sobre todos esses assuntos, porém preciso extravasar sentimentos, e eu transbordo deles. A crueldade que vemos por aí já tem sua importância e nem assim ela cessa Somos reféns dos conflitos e precisamos estar situados sobre o que nos cerca. Mas só por hoje, só por aqui, eu quero falar de amor, amizade, lágrimas, confissões que acontecem comigo. Não me julguem pelo o que escrevo, eu sou assim, não sei escrever sobre o que as revistas estão preenchidas, e mesmo se soubesse acho que não faria. É tragédia demais para alguém que busca apenas divulgar o que acontece dentro do seu coração Sinto muito se decepciono quem procura algo a acrescentar, mais eu acrescento muito em mim quando escrevo. Isso basta para o meu coração, minha cabeça e meu espírito.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A Espera

Não adianta negar todas esperamos. Esperamos estar no trabalho e receber presentes. Esperamos acordar no meio da madrugada com uma ligação absurda dizendo coisas tão absurdas quanto a voz que ouvimos do outro lado da linha. Ainda assim esperamos que não seja de madrugada, pois é algo muito comum, mas que seja as quatro da tarde em um domingo/terça/quarta, quando você está entediada e precisa de novidades. Esperamos parar no sinal vermelho e do lado encontrar o amor da nossa vida olhando com aquele olhar de quem deveria estar ao lado dele é você e mais ninguém. Isso não acontece, isso machuca. E mesmo assim esperamos isso a todo momento. Shopping, avenidas, internet. Queremos ser surpreendidas.

Queremos esperar e desejamos ser esperadas. Mas bem que dizem que esperar dói, cansa e só nos deixa pior. Ela aumenta a nossa dor. E isso não é um problema dos solteiros, é um problema universal. seja qual for sua atual situação amorosa. Esperar o namorado te dar aquele beijo quando você resolve fechar a cara para ele ou quem sabe quando você aparece com aquela cara triste, sem motivo e ele olha e diz que você está linda. Esperamos acontecimentos mesmo quando temos alguém do nosso lado. A vida precisa de algumas demonstrações de carinho, é preciso atender a necessidade da esperança.

Porém, é decepcionante mas sem essa espera torturante não ia conseguir sonhar. Eu espero encontrar emoção até mesmo quando vou a padaria, quem dirá quando estou em uma festa. Me torturo e por isso me decepciono tanto. Mas aprendo muito (ou não). Acreditar que enquanto estou fazendo compras vou esbarrar em um cara que vai me olhar primeiro do que eu, e o olhar dele vai ser mais penetrante que o meu pode acontecer, mas são coisas a serem sonhadas. Todas esperamos. 

E a nossa espera foi confundida com a dificuldade em agradar as mulheres. Não é difícil, se já sabem que nós esperamos surpresas e não as coisas óbvias, porque não fazem? Não queremos presentes, beijos mais intensos, abraços, amassos ou ligações no dia do nosso aniversário. Isso é mais do que obrigação. Queremos isso no dia da TPM, na verdade queremos isso todos os dias. Para que possamos reforçar a ideia de que quem espera sempre alcança. Não é complicado.

Há algo muito estranho no quesito 'esperar'. Eu só penso que quanto mais espero mais me decepciono e caio na dura realidade que o amor não vem do nada, ele cresce. Já disse isso uma vez. E existe uma coisa pior do que esperar algo, é esperar de alguém em específico. Isso é dolorido. Esperamos tudo isso, mais não de qualquer homem, queremos que a espera seja morta por aquele por quem imaginamos como seria SE acontecesse algo inesperado. Esperar é torturante, por alguém ou por ninguém. Sempre dói. O inesperado é  segredo.

sábado, 10 de julho de 2010

Oportunidades

Sempre penso como seria bom uma coisa ótima acontecer. Fico pensando 'bem que podia acontecer isso comigo' e nunca acontece. Na verdade percebi um erro cometido diversas vezes pela a minha pessoa que insiste em achar que presentes vem do céu, até reparar que é preciso fazer algo. Quer algo? Provoque. Ter chances como as que eu digo que poderiam acontecer comigo não são fáceis de ocorrer, e quando uma pontinha dela aparece tenho que agarrá-la. E não achar que vão pular na minha frente como confetes.

Filmes são filmes. Vida é acontecer.  Não é necessário ser uma louca desvairada, mais alguém precisa me ensinar a não perder oportunidades, cansei disso. Parece que eu sou perfeita nesse quesito e não quero ser. Será culpa do meu signo? Ascendente? Espero que não, pois não tenho culpa de ter nascido quando nasci. Uma intervenção é o que preciso. Pensamento rápido faz grande diferença para mim, e agora é hora que aprender a obter o hábito das oportunidades. Elas são únicas, é o que dizem os textos pelo menos, e a minha mãe, amigos, na verdade o resto do mundo. São únicas, e vem como estrelas cadentes, quando você não espera olha uma no céu e tem que ser rápida com seu pedido. Assim é a vida, e não os filmes.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Beleza



Dizem que todos somos bonitos, o que eu desacredito infelizmente. Hoje em dia quem não tem um rostinho bonito é selecionado por poucos. O mundo é injusto, e o pior é o nosso julgar. Todos julgamos quem é o que de acordo com nosso costumes. Nos colocamos na posição de juízes e dizemos quem é bonito ou feio. Fui julgada tantas vezes que perdi a conta, mas conforme somos julgados aprendemos a não dar muita importância, porque o cada um de cada um é diferente. Dói quando queremos ser bonita para alguém em especial e acabamos chamando a atenção de um totalmente oposto do nosso julgamento. É difícil, mas é bom. Aprendemos a olhar dentro. Muitas vezes as maiores histórias de amor começam por esse detalhe que não passou despercebido. Já me deparei com situações em que eu sabia que o biotipo de tal pessoa era totalmente fora dos padrões que minhas amigas julgavam lindos e belos, mas eu continuei, porque só eu sei onde estava a beleza daqueles com quem eu me misturei. Nessa história de patinho feio e cisnei eu me coloco no meio não sabendo para que lado seguir afinal, eu já julguei tanto na minha vida que deveria ser uma bruxa. Mas já abri os olhos para a alma de algumas pessoas que não chamam a atenção de ninguém. Tive o prazer de conhecer o bonito e o feio. Andar em uma rua de mão dupla é mais divertido do que selecionar. Porém quando o assunto é me julgar fico totalmente imóvel. Não sei dizer, e outra nem preciso... Sei que no fundo o que vale mesmo é a intenção, e delas eu estou completa.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Dividir



Ela procurava sentido para o que estava sentindo. Quanto tempo não passava perto de alguém, alguém para abraça-la enquanto olhava a televisão. Ela não encontrava o sentido daquilo. Impossível acreditar que depois de tanto tempo ela tinha um colo. Porém ela sabia que não era somente dela. Ela era uma intrusa, a vilã da história. Tudo estava do jeito que pediu, mas aquele detalhe incomodava. Não sabia o que fazer, apenas queria a presença. Sabia que dividir não era correto, e o erro era somente dela. A decisão foi dela, a atitude dele.

Montava diálogos em sua cabeça que andava pensando muito sobre o assunto. Ela desejou a liberdade, ela possui a liberdade e deu de encontro com alguém nada livre. Isso não é um problema, não quando estão perto um do outro, é tudo muito natural. Mas longe ela sente a distância, o perigo. Enquanto fica sozinha, ela pensa no que tem que fazer e quando percebe que não há nada a se fazer, reconhece que aceitar é a solução. Prometeu não lutar contra seus desejos, mais esse desejo estava rápido demais, foi preciso frear todo o envolvimento. Afinal, não se pode confiar em alguém que engana outra pessoa. O coração pede carinho, seja como for, se existir ela agradece.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Amizade

Eu falhei. Falhei na intenção de não ficar pior, e a situação triplicou. Eu tenho uma amiga. E quando ela mais precisou eu virei as costas pois não sabia lidar com o problema. Problema que eu levo comigo até hoje, já passei pelo o que a garota que sempre me apoiou está passando, e quando vi acontecer com ela não soube o que dizer. Não tenho justificativa para meu erro. Apenas me afastei e tive medo, muito medo. Medo de olhar nos seus olhos e não saber o que dizer. Um medo tão grande que me tornou a covarde que sou hoje quando o assunto é este.

Falhei quando deveria mesmo sem palavra nenhuma te dar um abraço. Ouvir suas lamentações. Eu não queria sofrer com você. Porque sei como é dolorido esse sofrimento, eu sofri e te ver sofrer pelo mesmo motivo que cortou meu coração não é digno de você. Você não merece passar pelo o que eu passei. Não quando sua vida está tomando o rumo que você pediu a Deus. E falando em Deus, eu enchi a caixa de mensagem dele de tanto implorar por você. Mesmo que você duvide eu pedi muito para ele, pedi que te desse força e ele me escutou, sinto você forte. Porém eu sinto a tristeza quando fala comigo. A mágoa por lembrar que em nove anos de amizade eu não fui nem te abraçar. Eu simplesmente me afastei com medo.

O medo me estragou. O medo fez eu fazer tudo errado, e como você mesmo diz, não foi por falta de me avisar. Você tentou mostrar que eu estava errada, que precisava de mim. E eu fui uma inútil. Senti como se eu tivesse meus nove anos, quando aconteceu comigo eu fiquei sem reação, nunca mais tinha acontecido tão perto. Há nove anos eu tentava esquecer a dor e a angústia do que era essa doença, e agora eu estava do outro lado, do lado que consola, que abriga e tenta de alguma forma tirar a dor, ao contrário do que todos fizeram eu fui aquela criança que não sabe o que dizer, que foge quando tem medo.

O meu medo era não saber ser uma ótima amiga e afastar de você todos esses medos, eu não saberia fazer isso (eu acho!). Acabou que me tornei a pior das amigas, a mais insensível, sem coração que fui. Me resta a desculpa, olho no olho. O abraço que nunca te dei. Mais espera que eu estou chegando e eu vou te dar tudo isso, quantas vezes for necessário. Nunca mais quero ser essa péssima amiga, porque eu não sou assim. Só tive medo, muito medo.